A equipe do Projeto HAPI, desenvolvido pelo CEPEDI em parceria com o Instituto HBR, participou ativamente do XXVII Encontro Nacional de Modelagem Computacional (ENMC 2024), realizado de 1º a 4 de outubro no Hotel Praia do Sol, em Ilhéus. O evento, considerado o principal do Brasil na área de simulação e modelagem computacional, foi organizado pelos docentes do Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e reuniu mais de 300 pesquisadores em 27 sessões técnicas.
O Projeto HAPI (Hardware Avançado para Imagens Médicas) tem como objetivo o desenvolvimento do primeiro tomógrafo brasileiro. Iniciado em fevereiro de 2023, o projeto visa produzir equipamentos médicos de alta qualidade no Brasil, abordando tanto o desenvolvimento do protótipo físico, a cargo do Instituto HBR, quanto a criação de software para a reconstrução de imagens tomográficas, sob a responsabilidade do CEPEDI.
Durante o ENMC, os pesquisadores do HAPI apresentaram cinco trabalhos, entre os quais dois focaram na aplicação de modelos de inteligência artificial para auxiliar no diagnóstico de doenças cardíacas através de tomografia. Os outros três estudos discutiram o desenvolvimento de um algoritmo para a reconstrução de imagens tomográficas tridimensionais, com destaque para a identificação de tecidos e estruturas anatômicas em tomografias de tórax dual-energy, utilizando detectores contadores de fótons.
O coordenador técnico do projeto, Prof. Dr. Dany Sanchez Dominguez, enfatizou a importância da participação no evento: “Apresentar os resultados do Projeto HAPI à comunidade acadêmica traz reconhecimento e contribuições valiosas para o aprimoramento das atividades do projeto.” A troca de conhecimentos com pesquisadores de todo o Brasil é fundamental para o avanço das tecnologias em saúde no país.
Um dos principais diferenciais do HAPI é a construção de um tomógrafo multiespectral com tecnologia fotônica, que permitirá a geração de imagens de maior contraste e definição, contribuindo para diagnósticos mais precisos. O projeto é financiado pela SOFTEX e conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, através do Programa e Projetos Prioritários (PPI), com previsão de conclusão em janeiro de 2025.
Este é mais um passo importante para o fortalecimento da pesquisa e desenvolvimento em tecnologia médica no Brasil, demonstrando o compromisso com a inovação e a qualidade nos serviços de saúde.