Ações do CEPEDI no combate à COVID-19 foram fundamentais no estado da Bahia

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A pandemia pelo novo coronavírus chegou ao Brasil no final de Fevereiro de 2020, e colocou todo o país em situação de alerta. Neste momento, ninguém sabia quais seriam as armas usadas para o enfrentamento da doença.

Os profissionais da saúde se viram com medo e sem saber o que esperar do futuro, afinal, a chance de carregar consigo o vírus e espalhá-lo entre os familiares era relativamente grande.

Sabendo desta demanda, o CEPEDI (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Informática e Eletroeletrônica de Ilhéus) dedica toda sua infraestrutura e 3 (três) impressoras 3D para a produção de protetores faciais (também conhecidos por face shield).

A produção destes equipamentos de proteção individual iniciou em Março, e até o final de Agosto mais de 1000 equipamentos destes foram entregues a instituições do Sul da Bahia.

Ainda percebendo a ausência de materiais e tecnologias para combater a doença, o CEPEDI entra novamente em cena com a UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz), para produzir e instalar túneis de desinfecção.

Foram projetados e fabricados dois destes túneis, com 2,5 metros de comprimento cada, tendo como objetivo garantir a desinfecção de trabalhadores da saúde no momento em que retiram seus equipamentos de produção individual, geralmente ao fim do expediente.

Maneiras de Transmissão da COVID-19

Apesar de a máscara ser um item de uso obrigatório em todo o país, é preciso ter em mente que existem formas diversas de contaminação pelo novo coronavírus. São elas:

  1. Inalação de gotículas ou saliva, eliminadas pela fala, tosse e/ou espirro de indivíduos contaminados;
  2. Contato direto de partículas com mucosas (como os olhos);
  3. Compartilhamento de objetos pessoais, como talheres e copos;
  4. Contato com superfícies contaminadas (mesa, maçaneta, teclados de computador, etc);
  5. Aperto de mãos e outros cumprimentos;

E muito mais.

O papel da Face Shield

No dia 23 de Março de 2020, a Anvisa libera a produção de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) sem a obrigatoriedade de aprovação do órgão, para que mais insumos sejam distribuídos à população, especialmente aos profissionais da saúde.

Os protetores faciais fazem parte desta lista, e têm papel crucial na proteção de profissionais da linha de frente, que estão em contato direto com secreções de indivíduos contaminados.

Afinal, qual é a importância deste EPI?

  • Reforça a proteção de bocas e vias aéreas, que já estarão cobertas com máscara (preferencialmente a N95);
  • Evita o contato de secreções com os olhos, local em que há risco potencial de infecção.

Além de garantir a segurança dos profissionais que trabalham diretamente com pacientes, a grande vantagem deste EPI é que ele pode ser higienizado e reutilizado, algo positivo do ponto de vista econômico e ambiental.

O CEPEDI aproveitou suas impressoras 3D e toda a infraestrutura existente nestes laboratórios para colaborar com a produção do EPI em questão, e posteriormente distribuiu protetores para instituições do sul da Bahia.

Higienização da Face Shield

Anteriormente, você leu que a Face Shield pode ser reaproveitada, correto? Sendo assim, após cada uso, será necessário higienizá-la.

Antes de tudo, você deve estar com suas mãos lavadas e higienizadas com álcool 70%.

Lave a face shield com água corrente e sabão, detergente enzimático e/ou use um desinfetante apropriado.

O plástico deve ser enxuto com um papel toalha, e depois você deve deixá-lo secar no vento.

Após o processo, lave as mãos, para certificar-se de que você não foi infectado com partículas que poderiam estar no protetor facial.

Tenha sempre um plástico ou recipiente apropriado para guardar sua face shield. Evite levá-la para casa, especialmente se você trabalhar em setores de tratamento e combate à COVID.

Protocolo de Paramentação

Na tentativa de uniformizar a paramentação de profissionais da saúde, foram lançadas cartilhas de orientação pelo estado da Bahia (além daqueles feitos por inúmeros outros órgãos e instituições).

O passo a passo de vestimenta de Equipamentos de Proteção Individual seria:

1º) Lavagem das mãos

É imprescindível que seja realizada a lavagem de todas as partes da mão e punho, com água e sabão. Em geral, esse processo dura 1 minuto.

2º) Secar as mãos

Depois de limpas, as mãos devem ser enxutas com papel toalha descartável.

3º) Álcool 70

Para finalizar a lavagem das mãos, utilize álcool gel 70%. Espalhe sobre toda a superfície.

4º) Vista o avental

Utilize um avental descartável ou estéril, conforme protocolo da instituição.

5º) Coloque a máscara

Prefira sempre o uso de máscaras com filtração de 95% (por exemplo, a N95). Certifique-se de que ela está vedada adequadamente em seu rosto.

6º) Coloque a touca

Certifique-se de que o gorro cobre todo o cabelo e as orelhas.

7º) Vista óculos e/ou Face Shield

Quem faz uso de óculos de grau, deverá colocá-lo neste momento. Após, acomode a Face Shield, ajustando-a conforme o tamanho de sua cabeça.

8º) Coloque as luvas

Por fim, calce as luvas descartáveis, e finalmente estará paramentado para realizar o atendimento.

Após um dia de trabalho, você precisa tomar cuidado no momento da desparamentação, para evitar a autocontaminação. Respeite a seguinte ordem:

  • Remova as luvas;
  • Retire o avental/capote;
  • Lave as mãos e/ou higienize-as com álcool gel 70%;
  • Retire o gorro;
  • Remova a face shield e/ou óculos;
  • Higienize novamente as mãos;
  • Retire a máscara e guarde-a em local apropriado (se for reaproveitá-la);

Por fim, lave as mãos durante 1 minuto com água e sabão, e após higienize-as com álcool gel.

Túnel de desinfecção

Mesmo com o uso de Equipamentos de Proteção Individual, sabe-se que os profissionais da saúde estão sujeitos à contaminação pela COVID-19 no momento de desparamentação – ou seja, de retirada dos EPI’s.

Pensando em solucionar este problema, o CEPEDI em parceria com a UESC, desenvolveu túneis de desinfecção, que emitem soluções de hipoclorito.

Estas cabines têm, em média, 2,5 metros de comprimento, além de uma tubulação em PVC com bomba de alta pressão para a emissão do desinfetante.

Com esta medida, profissionais de saúde que atuam na linha de frente do novo coronavírus têm uma segurança a mais, reduzindo as chances de carregar o vírus para casa ou mesmo para a circulação em outros locais.

Foram produzidas e doadas duas cabines de desinfecção, sendo uma delas instaladas em Itajuípe – BA.

Situação do coronavírus na Bahia

Até o mês de Fevereiro de 2020, a Bahia registrou mais de 11.000 mortes pelo novo coronavírus. Ao todo, mais de 650.000 habitantes foram contaminados.

Embora o pico de infecções no estado tenha acontecido entre os meses de Julho e Setembro de 2020, ainda tem-se um número elevado de casos.

O governo do estado, Rui Costa, tem atuado no sentido de ampliar as medidas de contenção da doença. Dentre as atitudes recentes, menciona-se:

  • Toque de recolher das 20 às 5h em todo o estado;
  • Atendimento presencial em restaurantes e bares até as 18h;
  • Funcionamento do transporte público até as 20h30.

Estas novas medidas visam à redução do número de casos, considerando que ainda que haja queda da taxa de contaminação, os números de ocupação em UTIs ainda permanecem elevados.

Sobre o CEPEDI

O CEPEDI foi fundado no ano de 2002, com o foco em soluções inovadoras e tecnológicas para clientes e para a sociedade como um todo.

Trata-se de uma organização privada, sem fins lucrativos, que trabalha com seguimentos diversos:

  • Internet;
  • Tecnologias Móveis;
  • Indústria 4.0;
  • Big Data;
  • Cloud Computing;

E muito mais.

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